RM040 | Romanos 6:14 a 20 | Os Preceitos da Graça Transformadora de Deus

Texto Bíblico | Obedeça a Lei| 6.3.1

14 Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.
15 Pois que? Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum.

 Texto Bíblico | Apresente-se a Servir à Justiça | 6.3.2

16 Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?
17 Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues.
18 E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça.
19 Falo como homem, pela fraqueza da vossa carne; pois que, assim como apresentastes os vossos membros para servirem à imundícia, e à maldade para maldade, assim apresentai agora os vossos membros para servirem à justiça para santificação.
20 Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça.

Comentário

O pecado perde o seu poder sobre os que têm recebido a graça. Antes, condenava-os a morrerem (Rm 5:21); agora, eles estão livres (v.14). Paulo afirma, porém, que esta liberdade da punição nunca é uma razão para pecar (v.15).


Todo mundo pode escolher o seu senhor. Se alguém escolher a se submeter (“vos apresentardes” v.16) ao pecado, então ele será o servo do pecado. Se alguém escolher a obedecer a Deus, então ele será dominado pela justiça. A submissão ao pecado resulta em “morte. A submissão para Deus resulta em “justiça.” A razão porque o fim do pecado é a morte mas o fim da obediência é a vida é porque Paulo não está se referindo a obedecer a lei; mais sim, está se referindo a obedecer a verdade. (Esta é a verdade de Jesus Cristo, que pela Sua morte todo o pecado foi pago, e o homem pode ser feito inocente diante de Deus.) Por esta razão Paulo continua por dizer que o crente obedeceu “de coração à forma de doutrina” que tirou o domínio do pecado. Esta “doutrina” é ensinamento. Lembre-se de que o pecado inicial do homem era rejeitar o que a natureza ensinava de Deus (Rm 1:18, 25). Aqueles que aceitam a “doutrina” de Jesus Cristo estão essencialmente voltando para a verdade de Deus. Deus isso chama de obediência, e por ela Ele concede ao crente a justiça de Jesus Cristo. (É por esta justiça que o crente é dado vida.)

Paulo confirma, aos romanos, que eles não eram mais os servos do “pecado,” mas da “justiça” (v.18). Ele assim confirma para esclarecer o que está prestes de dizer. Eles eram um povo transformado que nunca serviria mais o pecado. Este fato, óbvio aos romanos e a Paulo, não era óbvio aos outros que erradamente pensavam que a doutrina da graça era uma licença para pecar. Ele, portanto, escolhe falar “como homem, pela fraqueza da vossa carne” (v.19). Sendo que os homens questionam a graça, e os seus questionamentos podem afeitar até os romanos (porque ainda tinham carne fraca), Paulo claramente manda-os a submeterem os membros do corpo à justiça, e não à imundícia ou ao pecado. Paulo adiciona que a justiça era impossível quando alguém era o servo do pecado (v.20). Os crentes, porém, desejam a justiça, então este desejo também serve como outra razão para evitarem o pecado.

No final das contas, a submissão a Deus leva o crente à “santificação” (.19); ele pertence “a Deus” (v.13). Isto magnifica a Deus e a Sua obra na vida de alguém que confia em Jesus Cristo.

Perguntas Interativas

  1. Estamos debaixo da lei ou debaixo da graça quando o pecado não tem domínio sobre nós?
  2. O que você se torna para aquele a quem você se apresenta?
  3. O que nós obedecemos de coração que nos fez não os servos do pecado mas da justiça?
  4. Do que éramos livres quando éramos os servos do pecado?

Palavras-Chave

  • Apresentai – Oferecei
  • Apresentardes – Oferecerdes
  • Apresentastes – Oferecestes
  • Carne – Corpo
  • Domínio – Poder; autoridade
  • Graça – Bondade de Deus aos que não merecem
  • Fraqueza – Debilidade
  • Justiça – Aquilo que alcança o padrão de Deus
  • Lei – Aqui, padrão escrito de Deus do certo e do errado
  • Pecado – Desobediência a Deus
  • Santificação – Separação do pecado e identificação com Deus

RM039 | Romanos 6:8 a 13 | O Poder da Graça Transformadora de Deus

Texto Bíblico | Perceba que a Morte e Ressurreição de Cristo Terminaram o Domínio da Morte Sobre Cristo| 6.2.1

8 Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos;

9 Sabendo que, tendo sido Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte não mais tem domínio sobre ele.

10 Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.

 Texto Bíblico | Perceba que Sua Própria Morte e Ressurreição em Cristo Terminaram o Domínio do Pecado Sobre Você | 6.2.2

11 Assim também vós considerai-vos certamente mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor.

12 Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências;

13 Nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça.

Comentário

A morte de Jesus Cristo pelos pecadores foi necessária apenas “uma vez” (como foi dito aqui em v.10 e em 5:15-19). Sendo que Cristo já provou a morte por todos (Hb 2:9), então não precisa morrer novamente, (“a morte não mais tem domínio sobre ele” v.9). Da mesma maneira, todos aqueles que têm morrido consigo viverão consigo (v.8).

Agora, Jesus Cristo “vive para Deus” (v.10). O crente semelhantemente deve viver para Deus também, tendo nova vida nEle. Isto faz sentido perfeito aos que consideram a morte que era requerida para possibilitar esta nova vida. Crentes vivem para Deus, não porque são ligados pela lei, mas porque são libertos da punição do pecado! A obediência nas vidas deles tem para a sua motivação o amor e a gratidão. (Por um estudo avançado, considere o poder infalível do amor segundo I Co 13.)

A ideia falsa, (ensinada por aqueles que infelizmente não entendem a graça), que os homens recebem Jesus só para poderem ter licença a pecar é absolutamente insensata aos que verdadeiramente têm recebido a graça de Deus. A última coisa que eles desejaram fazer era pecar mais; na verdade, queriam ser totalmente libertos do pecado e a sua punição! Agora, profundamente gratos pela sua salvação, eles vivem “para Deus.”


O crente deve reconhecer a sua nova morte para o pecado (que Paulo disse deve ser considerada em v.11). Ele ainda é muito capaz de desobedecer a Deus. O pecado, porém, não é requerido. A escravidão, agora acabada, é somente uma escolha. Paulo usa a palavra “certamente” para enfatizar este fato em v.11. Crente nenhum deve se convencer, então, que deve pecar como se fosse ainda servo do pecado—todo grilhão foi quebrado através de Cristo.

O pecado ainda deseja dominar sobre crentes, as tentações ainda assombram e “concupiscências” humanas continuam a espreitar (v.12). O crente, porém, pode tomar uma escolha. É uma escolha de submissão. Ou o cristão se submeterá (“apresenteis”)  os membros do corpo como ferramentas (“instrumentos”) ao mal ou como ferramentas ao bem (“justiça” v.13). A motivação a se submeter a Deus é o amor por Deus. Este amor, cheio de gratidão pela graça de Deus, anima o crente a viver de um modo justo.

 

Perguntas Interativas

  1. O que não mais tem domínio sobre Cristo, sendo que ressuscitou dentre os mortos?
  2. Quantas vezes Jesus precisava morrer?
  3. Para quem Cristo vive?
  4. O que nós devemos nos considerar para o pecado?
  5. Em quem estamos vivos para Deus?
  6. No que o pecado reina quando alguém obedece-lhe em suas concupiscências?
  7. Para quem os membros do seu corpo mortal devem ser apresentados?

Palavras-Chave

  • Apresentai-vos – Oferecei-vos; Colocai ao lado
  • Apresenteis – Ofereçais; Coloqueis ao lado
  • Considerai-vos – Reconheçai isso como um fato
  • Concupiscências – Desejos pecaminosos
  • Domínio sobre – É senhor de
  • Graça – O favor de Deus aos não merecedores
  • Iniqüidade – Injustiça; pecado
  • Instrumentos – Ferramentas
  • Justiça – Algo aceitável a Deus
  • Membros –  Extremidades
  • Mortal – Sujeito à morte
  • Pecado – Injustiça; algo errado e contra Deus
  • Reine – Governar com grande autoridade com a de um rei
  • Tentações – Provocações a pecar

RM037 | Romanos | Índice de Capítulo 06

Capítulo 06 | A Graça de Deus

6.1.1 As Pinturas da Graça Transformadora de Deus (vv.1 a 7)

6.1.1 A Morte ao Pecado e a Nova Vida em Cristo São Simbolizadas no Batismo

6.1.2 A Morte ao Pecado e a Nova Vida em Cristo São Simbolizadas na Plantação e no Crescimento duma Semente

6.1.3 A Morte ao Pecado e a Nova Vida em Cristo São Simbolizadas na Crucificação

6.2.1 O Poder da Graça Transformadora de Deus (vv.8 a 13)

6.2.1 Perceba que a Morte e Ressurreição de Cristo Terminaram o Domínio da Morte Sobre Cristo

6.2.2 Perceba que Sua Própria Morte e Ressurreição em Cristo Terminaram o Domínio do Pecado Sobre Você

6.3.1 Os Preceitos da Graça Transformadora de Deus (vv.14-20)

6.3.1 Obedeça a Lei

6.3.2 Apresente-se a Servir à Justiça

6.4.1 A Perfeição da Graça Transformadora de Deus (vv.21-23)

6.4.1 A Perfeição do Pecado É Vergonha e Morte

6.4.2 A Perfeição da Graça É Santidade e Vida Eterna

RM036 | Romanos 5:20 e 21 | A Revelação da Lei

Texto Bíblico | A Lei (Primeira Etapa): Revela a Malignidade do Pecado do Homem | 5.3.1

20a Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse;

 Texto Bíblico | A Lei (Segunda Etapa): Revela a Grandeza da Graça de Deus | 5.3.1

20b mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;

21 Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor.

Comentário

A lei veio com o bom propósito de não somente [1] revelar o pecado do homem, mas também [2] deixar o homem sem a oportunidade de esconder, negar ou desculpá-lo (como se diz aqui: “para que a ofensa abundasse” v.20a). Isto, novamente, não quer dizer que a lei criou o pecado. Ao invés disso, os muitos mandamentos contidos na lei são como os dedos de Deus apontando diretamente a todo ato pecaminoso do homem e declarando-o culpado.


O poder da lei para revelar o pecado também revela a grandeza da graça de Deus. Sendo que a lei mostra que o homem é o inimigo de Deus, e absolutamente culpado perante Ele em todos os aspectos, então o remédio a este problema deve ser grande. A graça de Deus é tão grande! Tal que Paulo escreve: “Onde o pecado abundou, superabundou a graça” (v.20b). Com estas palavras, Paulo introduz o quinto e último “muito mais” do capítulo (que é traduzido com “super-” no português).

Desde que a graça de Deus exceda o pecado do homem, então a culpabilidade pode ser removida do homem. Todo pecado, do passado, do presente e do futuro é removido do seu registro. A vida justa de Jesus Cristo fez que a sua morte fosse suficiente para satisfazer a dívida do pecado (veja Rm 3:24 a 26). A vida eterna se tornou disponível a todos.

Quando Jesus Cristo morreu na cruz, removeu a coroa do pecado e a colocou na graça. Quando o pecado reinou (v.21), a humanidade certamente precisava morrer. O decreto soberano do rei pecado era que o pecador deve morrer. Quando a graça reina, porém, seu decreto, por assim dizer, é “para a vida eterna” (v.21). Assim como o homem debaixo do pecado não podia pedir vida do seu rei (o pecado), também agora o homem debaixo da graça não pode fazer nada para mudar a opinião da graça sobre o seu futuro. Ele tem e terá a vida eterna. O domínio  da graça permite que a graça mesmo decrete que qualquer pessoa que crê em Jesus Cristo certamente e de forma imutável terá a vida eterna. Estas são as grandes conclusões de capítulo 5.

As conclusões de Paulo em capítulo 5 produzem perguntas sobre duas questões: [1] a graça, e [2] a lei. Estas questões serão respondidas em capítulos 6 e 7 respectivamente, depois das quais, em capítulo 8, Paulo voltará a mostrar que crentes não são mais condenados por causa de Jesus Cristo.

Perguntas Interativas

  1. O que veio para que a ofensa abundasse?
  2. O que mais abunda: o pecado ou a graça?
  3. O que reina pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor?

Palavras-Chave

  • Abundasse – Passasse pela frente de; Fosse além de
  • Abundou – Passou pela frente de; Foi além de
  • Decreto Soberano – Mandamento que não pode ser alterado
  • Graça – A bondade de Deus para pessoas desmerecidoras
  • Justiça – Aquilo que alcança o padrão de Deus
  • Lei – Aqui, o padrão de Deus do bem e do mal dado aos judeus
  • Ofensa – Aqui, pecado contra Deus
  • Pecado – Desobediência contra Deus
  • Reinasse – Dominasse
  • Reinou – Dominou
  • Superabundou – Passou muito além de
  • Vida Eterna – Aqui, vida sem fim; imortalidade

RM035 | Romanos 5:16 a 19 | Os Resultados do Ato de Adão versus os Resultados de Cristo

Texto Bíblico | De um Pecado de Adão Muitos foram Condenados, mas de um Dom de Cristo Pecadores São Justificados de Todos os Seus Pecados | 5.2.2

16 E não foi assim o dom como a ofensa, por um só que pecou. Porque o juízo veio de uma só ofensa, na verdade, para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação.

17 Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo.

 Texto Bíblico | Do Pecado de Adão Todos os Homens São Condenados, mas da Justiça de Cristo Todos Podem Ser Justificados | 5.2.3

18 Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.

19 Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos.

Comentário

Paulo agora introduz o quatro “muito mais”. Se por um pecado de Adão a morte veio sobre todos, então “muito mais”“dom gratuito” (v.16), fornecido pela justiça de Cristo, pode vivificar todos os pecadores. Isto quer dizer que o pecado de um homem levou todos a pecarem (como v.12, “por isso que todos pecaram”) e, portanto, a morrerem. Deus somente precisava dum homem sem pecado para morrer pela justificação de todos os homens. Este homem era Jesus. (Para um estudo mais avançado, considere as palavras “uma vez” usadas em Hb 7:27; 9:12, 26, 28; 10:10; I Pe 3:18.)

Ser justificado do pecado não requer nada mais do que receber o dom—é gratuito. Por isso a obra de Cristo é ligada aos que “recebem a abundância da graça,” (v.17). Acima e além do que qualquer coisa que o pecador pode fazer, a graça de Deus faz, pela qual o homem pode ser salvo; isto é, justificado.


Todos os homens são condenados através do pecado de Adão (v.18). Ainda que isto não queira dizer que Deus pune  toda a humanidade por Adão, (que violaria a Suas palavras em Ez 18:14 a 17), mostra que a pecaminosidade de Adão foi herdada pela sua descendência de tal maneira que ela, na imitação do seu pai, pecará e morrerá também.

Esta situação trágica magnifica a grandeza de Cristo. Desde que somente um homem precisasse pecar para trazer condenação, então, justamente diante de Deus, somente um homem precisava viver em justiça para trazer justificação. Isto Jesus fez, e por isto crentes agora vivem eternamente (v.19)!

Perguntas Interativas

  1. Quantos pecados foram cometidos por Adão para trazer condenação sobre humanidade?
  2. O que alguém precisa receber para reinar em vida?
  3. O que muitos serão feitos pela obediência de um?

Palavras-Chave

  • Abundância – Acima e além; mais do que é necessário
  • Condenação – Sentença para punição
  • Graça – Favor; privilégio; algo bom recebido mas não merecido
  • Juízo – Julgamento
  • Justiça –  Aquilo que alcança o padrão perfeito de Deus (a Sua santidade)
  • Justificação – O resultado de alcançar a justiça de Deus pelos merecimentos de Jesus Cristo
  • Justos – Os que são retos, sem pecado, diante de Deus
  • Ofensa – Pecado
  • Ofensas – Pecados
  • Pecadores – Os que cometem mal
  • Pecou – Pecou
  • Reinarão – Dominarão
  • Reinou – Dominou

RM029 | Romanos 4:14 a 22 | Deus Aceita a Fé para o Proveito de Todos

Texto Bíblico | As Sagradas Escrituras Mostram que a Fé É Imputada por Justiça para o Proveito de Toda a Humanidade | 4.2.2

14 Porque, se os que são da lei são herdeiros, logo a é e a promessa é aniquilada.

15 Porque a lei opera a ira. Porque onde não há lei também não há transgressão.

16 Portanto, é pela , para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da lei, mas também à que é da que teve Abraão, o qual é pai de todos nós,

17 (Como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos, e chama as coisas que não são como se já fossem.

18 O qual, em esperança, creu contra a esperança, tanto que ele tornou-se pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência.

19 E não enfraquecendo na , nào atentou para o seu próprio corpo já amortecido, pois era já de quase cem anos, nem tampouco para o amortecimento do ventre de Sara.

20 E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na , dando glória a Deus,

21 E estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer.

22 Assim isso lhe foi também imputado como justiça.

 Comentário

A fé é e deve ser o único caminho para receber a promessa do direito de herança. Segundo Paulo, se em vez da fé, alguém é requerido guardar a lei, então há três ensinos-chave da Escritura que se tornam sem propósito: [1] a fé, [2] a promessa de Deus e [3] a graça.

Primeiro, se o direito de herança fosse pela lei, a Escritura não teria razão nenhuma a mencionar fé (v.14). Segundo, a promessa de Deus permaneceria não realizada porque o homem não consegue obedecer a lei (v.16). Terceiro, desvaloriza a graça de Deus. A graça é a bondade de Deus para aqueles que não a merecem. Isto significa que se o homem pudesse guardar a lei (que é impossível) o galardão não seria mais um dom, mas sim um pagamento, como se Deus o devesse.

Deus simplesmente quer que Sua promessa seja pela fé. Isto [1] permite-O mostrar a Sua graça; [2] faz a promessa disponível a todos que estão dispostos a confiá-LO para a receber; e [3] guarda Sua promessa a Abraão.

Deus também prometeu para Abraão que seria  “pai de muitas nações” (v.17). Veja Gn 17:4. Isto corresponde com a promessa que ele seria o “herdeiro do mundo” (Rm 4:13). Ambos se referem ao tempo quando Jesus Cristo será o Rei da terra, e todas as pessoas da fé serão seus sujeitos amorosos. Sendo o caso, a ideia judaica que o cumprimento da promessa foi um mundo reinado pela nação judaica não foi exatamento verdadeiro. Somente os que têm fé, judeus ou gentios. serão permitidos neste reino.

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Paulo entendeu que a fé de Abraão era tal que Deus poderia dar vida aos mortos. Ambos Abraão e a sua esposa, Sara, eram velhos e incapazes fisicamente de terem filhos. Além disso, Sara nunca tinha filho. Isto quis dizer que um milagre de nova vida foi requerido. Abraão aceitou a promessa de Deus sem enfraquecer na fé. Quando parecia que ele não deveria esperar nada (“contra a esperança” v.18) ele osadamente esperou (“creu contra a esperança”) que Deus tinha este poder. Foi convencido que Deus o poderia e o faria; portanto, louvou a Deus (v.20). Deus viu esta fé em Abraão, foi agradado, e a imputou-lhe como justiça (v.22; Gn 15:6). Por Abraão, então, Paulo mostra muito claramente que Deus não se interessa na nossa habilidade imperfeita a guardarmos a lei, mas se interessa em nossa fé nEle.

Perguntas Interativas

  1. O que aniquilaria a promessa para Abraão, se fosse a verdade?
  2. A qual fim Deus queria que a promessa seja pela graça por meio da fé?
  3. O que Abraão deu que mostrou que não enfraqueceu na fé ainda que o seu corpo e o ventre da Sara estavam amortecidos?
  4. Quão persuadido estava Abraão que Deus tinha o poder para fazer o que prometeu?

Palavras-Chave

  • Abraão – Antepassado principal dos judeus (1900s a.C.)
  • Amortecido – Aqui, não capaz de reproduzir
  • Amortecimento – Aqui, a inabilidade de reproduzir
  • Descendência – Filhos
  • Esperança – Expectativa ousada
  • – Confiança
  • Glória – Aqui, dar a Deus o crédito pela benção
  • Graça – Bondade de Deus aos que não merecem
  • Herdeiros – Aqueles que recebem algo lhes separado
  • Imputado – Atribuído
  • Ira – Raiva
  • Justiça – Aquilo que alcança o padrão de DEus
  • Lei – Aqui, o padrão de Deus do bem e do mal dado aos judeus
  • Posteridade – Filhos
  • Sara – Esposa idosa de Abraão
  • Transgressão – Pecado; Atravessar a linha que Deus desenhou
  • – Sem propósito
  • Vivifica – Faz vivo; Dá vida

RM028 | Romanos 4:11b a 13 | Deus Aceita a Fé para o Proveito de Todos

Texto Bíblico | As Sagradas Escrituras Mostram que Abraão É o Pai de Todos os Crentes | 4.2.1

11 Para que fosse pai de todos os que crêem, estando eles também na incircuncisão; a fim de que também a justiça lhes seja imputada;

12 E fosse pai da circuncisão, daqueles que não somente são da circuncisão, mas que também andam nas pisadas daquela que teve nosso pai Abraão, que tivera na incircuncisão.

13 Porque a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo não foi feita pela lei a Abraão, ou à sua posteridade, mas pela justiça da .

 Comentário

Desde que a circuncisão de Abraão viesse após a sua imputação da justiça, então ele podia ser o pai de todas as pessoas que confiam [1] em Deus e [2] não em si mesmos (vv.11, 12). Estes dois grupos são iguais, pois se um homem verdadeiramente confiar em Deus pela justiça, então não mais confiará em si mesmo. Isto também é o verdadeiro significado da remoção da carne na circuncisão, desde que a carne seja simbólica das habilidades do homem. Um homem é circuncidado como um sinal que abandonou confiança no seu próprio poder e agora confia no poder de Deus.

Abraão recebeu muitas promessas de Deus pela fé. Você pode ler de algumas delas em Gn 12:1 a 3, 7; 13:14 a 18; 15:1 a 21; 17:1 a 22. Estas promessas serão realizadas quando Abraão e seus filhos se tornarem “herdeiro do mundo” (v.13). Esta promessa maravilhosa quer dizer que seus filhos ocuparão toda a terra.

O efeito completo desta promessa não é onde Abraão se torna um rei e judeus se tornam seus cidadões; mas sim, isto se refere ao reino de Jesus Cristo que subjugará todos os outros reinos.

Perguntas Interativas

  1. De quem é Abraão o pai, desde que a justiça lhe fosse imputada antes da sua circuncisão?
  2. Através do que foi a promessa feita a Abraão e sua posteridade que eles seriam o herdeiro do mundo?

Palavras-Chave

  • Abraão – Homem que os judeus consideram seu pai; porém, ele na verdade é o pai de todos que tem a fé
  • Circuncisão – Aqui, a remoção da carne
  • – Confiança
  • Herdeiro – Alguém que recebe algo especificamente lhe separado
  • Imputada – Atribuída; aqui, algo dado um atributo por causa de outro atributo
  • Justiça – Aquilo que alcança o padrão de Deus
  • Mundo – Todas as pessoas
  • Posteridade – Filhos
  • Lei – Aqui, o padrão de Deus dado aos judeus

RM027 | Romanos 4:9 a 11a | A Imputação da Fé (e Não das Obras) por Justiça

Texto Bíblico | As Sagradas Escrituras Mostram que Abraão Tinha a Imputação da Sua Fé por Justiça Antes da Sua Circuncisão | 4.1.3

Vem, pois, esta bem-aventurança sobre a circuncisão somente, ou também sobre a incircuncisão? Porque dizemos que a foi imputada como justiça a Abraão.

10 Como lhe foi, pois, imputada? Estando na circuncisão ou na incircuncisão? Não na circuncisão, mas na incircuncisão.

11 E recebeu o sinal da circuncisão, selo da justiça da quando estava na incircuncisão,

 Comentário

Os judeus geralmente se referiam a si mesmos como a “circuncisão” e a todos os outros como a “incircuncisão.” (Veja I Sm 14:6; 31:4; I Cr 10:4.) Em capítulo dois, porém, Paulo ensinou que aqueles títulos eram para distinguir as pessoas que agradam a Deus daqueles que não O agradam.

Em capítulo quatro, Paulo estreita a definição destas palavras até mais. Primeiro, usa-as como os judeus as usariam (v.9), depois do qual ele volta ao seu uso original (v.11).

Paulo faz duas perguntas. Primeiro, “Vem, pois, esta bem-aventurança sobre a circuncisão somente, ou também sobre a incircuncisão?” (v.9)? Em outras palavras, Deus perdoará somente os judeus ou perdoará também os gentios dos seus pecados? Perdoará ambos.

Ele fortalece este ponto por meio de uma segunda pergunta. “Como lhe foi, pois, [a justiça] imputada? Estando [Abraão] na circuncisão ou na incircuncisão?” (v.10). Deus imputou a justiça antes ou depois ele foi circuncidado fisicamente? Deus lhe imputou-a antes; portanto, a circuncisão não lhe deu a justiça, mas a justiça fez que a circuncisão fosse necessária (v.11).

Isso contradiz mutio a idéia judaica. Os judeus pensavam que sua participação na circuncisão foi suficiente para identificá-los com Abraão; como se a prática por si mesmo fosse suficiente para fazer Abraão seu pai espiritual. Paulo mostra que na verdade a circuncisão não é um meio de dar a justiça, mas é uma marca que identifica o homem como alguém que já obteve a justiça pela fé.

Perguntas Interativas

  1. A justiça foi imputada a Abraão quando estava na circuncisão ou na incircuncisão?
  2. Qual foi o selo da justiça da fé que Abraão tinha?

Palavras-Chave

  • Bem-aventurança – Felicidade; alegria
  • Circuncisão – Aqui, (v.9) judeus identificados pela remoção da carne; (vv.10, 11) a remoção da carne
  • – Confiança
  • Imputada – Atribuída; aqui, algo dado um atributo por causa de outro atributo
  • Incircuncisão – Aqui, (v.9) os gentios; (v.10) estado de não ter a carne removida
  • Justiça – Aquilo que alcança o padrão de Deus
  • Selo – Autenticação; confirmação; sinal indacando que algo é genuíno, real ou verdadeiro

RM026 | Romanos 4:1 a 8 | A Imputação da Fé (e Não das Obras) por Justiça

Texto Bíblico | As Sagradas Escrituras Mostram que Abraão Tinha a Sua Fé Lhe Imputado por Justiça | 4.1.1

QUE diremos, pois, ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne?

Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus.

Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça.

Texto Bíblico | As Sagradas Escrituras Mostram que sem Fé o Homem Terá o Seu Pecado Lhe Imputado | 4.1.2

Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida.

5 Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça.

Assim também Davi declara bem-aventurado o homem a quem Deus imputa a justiça sem as obras, dizendo:

Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas,E cujos pecados são cobertos.

Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado.

Comentário

A imputação é quando Deus atribui a alguém ou pecado ou justiça. Em outras palavras, Deus decide se alguém é justo ou injusto. Aqui em capítulo quatro, Paulo usa esta palavra para descrever como Deus atribui (ou imputa) a justiça sem obras a crentes em Jesus Cristo.

Os ensinos de Paulo sobre imputação não eram novos, mas já eram ensinados nas Sagradas Escrituras. O primeiro livro da Bíblia, Gênesis, registra a imputação de justiça a Abraão por Deus. De todos as obras boas e más de Abraão, havia uma coisa importante a Deus—sua fé. Quando confiou em Deus, Deus lhe imputou esta fé por (ou, como) justiça (v.3). Isto é, embora Abraão, sendo pecador, não tivesse justiça aceitável, Deus lhe deu a justiça de Cristo pela fé. Você pode ler mais sobre a fé de Abraão e a justiça lhe imputada em Gn 15.


Deus não deve nada para ninguém; porém, se alguém tentar fazer qualquer obra para merecer o galardão, é como se Deus fosse seu devidor. Os melhores esforços do homem, porém, não são nada para Deus, mas sim trapo de imundícia (Is 64:6), tanto que não somente é impossível merecer o galardão, mas também é uma ideia bastante tola.

Os homens que fazem qualquer obra para merecer o galardão não confiam na justiça de Jesus Cristo, e não têm considerado a necessidade de terem seus pecados perdoados.

Paulo ensina que os homens que esperam ser suficientemente bons (ou, justos) a Deus (por praticar boas obras) não estão dependendo da “graça” de Deus. Àqueles, porém, que crêem que Deus justifica suas vidas ímpias através de Jesus Cristo, a sua fé é imputada como “justiça” (v.5).

O maior rei de Israel, Davi, era um tremendo homem de Deus. Ele disse que um homem está feliz (“bem-aventurado” vv.6 e 7) não quando vive uma vida perfeita, mas quando Deus não imputa sua vida imperfeita contra ele. Aquele homem tem experimentado perdão—pecado nenhum será lhe imputado.

KingDavid

Perguntas Interativas

  1. O que Abraão fez que levou Deus a atribuir-lhe justiça?
  2. Segundo o que é o galardão imputado àquele que faz qualquer obra?
  3. Quem disse: “Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos”?

Palavras-Chave

  • Abraão – Homem que os judeus consideram o seu pai; porém, na verdade ele é o pai de todos os que crêem
  • Bem-aventurado – Feliz
  • Bem-aventurados – Felizes
  • Carne – Aqui, a habilidade do homem ao invés da de Deus
  • Davi – O maior rei de Israel no Velho Testamento
  • Sagradas Escrituras – Aqui, os escritos distintamente autorados por Deus conhecidos como os livros velhotestamentários: Gênesis a Malaquias
  • Gloriar, se – Gabar; Ostentar
  • Graça – A bondade de Deus dada ao crente ainda que não a mereça
  • Ímpio – Sem Deus
  • Imputada – Atribuída; aqui, algo dado um atributo por causa de outro atributo
  • Imputado – Atribuído; aqui, algo dado um atributo por causa de outro atributo
  • Justiça – Aquilo que alcança o padrão de Deus
  • Justificado – Não culpado diante de Deus
  • Maldades – Pecados; más obras
  • Obras – Aqui, esforços humanos feitos para agradar a Deus
  • Pecado(s) – Desobediência(s) contra Deus
  • Perdoadas – Absolvidas; libertadas da penalidade do pecado

RM025 | Romanos | Índice de Capítulo 04

Capítulo 04 | A Justiça de Abraão

4.1.1 A Imputação da Fé (e Não das Obras) por Justiça (vv.1 a 11a)

4.1.1 As Sagradas Escrituras Mostram que Abraão Tinha a Sua Fé Lhe Imputado por Justiça

4.1.2 As Sagradas Escrituras Mostram que sem Fé o Homem Terá o Seu Pecado Lhe Imputado

4.1.3 As Sagradas Escrituras Mostram que Abraão Tinha a Imputação da Sua Fé por Justiça Antes da Sua Circuncisão

4.2.1 Deus Aceita a Fé para o Proveito de Todos (vv.11b a 25)

4.2.1 As Sagradas Escrituras Mostram que Abraão É o Pai de Todos os Crentes

4.2.2 As Sagradas Escrituras Mostram que a Fé É Imputada por Justiça para o Proveito de Toda a Humanidade

4.2.3 Os Escritos Judaicos (O Velho Testamento) Registra a Fé de Abraão para o Proveito de Todos os Crentes de Hoje