RM036 | Romanos 5:20 e 21 | A Revelação da Lei

Texto Bíblico | A Lei (Primeira Etapa): Revela a Malignidade do Pecado do Homem | 5.3.1

20a Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse;

 Texto Bíblico | A Lei (Segunda Etapa): Revela a Grandeza da Graça de Deus | 5.3.1

20b mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;

21 Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor.

Comentário

A lei veio com o bom propósito de não somente [1] revelar o pecado do homem, mas também [2] deixar o homem sem a oportunidade de esconder, negar ou desculpá-lo (como se diz aqui: “para que a ofensa abundasse” v.20a). Isto, novamente, não quer dizer que a lei criou o pecado. Ao invés disso, os muitos mandamentos contidos na lei são como os dedos de Deus apontando diretamente a todo ato pecaminoso do homem e declarando-o culpado.


O poder da lei para revelar o pecado também revela a grandeza da graça de Deus. Sendo que a lei mostra que o homem é o inimigo de Deus, e absolutamente culpado perante Ele em todos os aspectos, então o remédio a este problema deve ser grande. A graça de Deus é tão grande! Tal que Paulo escreve: “Onde o pecado abundou, superabundou a graça” (v.20b). Com estas palavras, Paulo introduz o quinto e último “muito mais” do capítulo (que é traduzido com “super-” no português).

Desde que a graça de Deus exceda o pecado do homem, então a culpabilidade pode ser removida do homem. Todo pecado, do passado, do presente e do futuro é removido do seu registro. A vida justa de Jesus Cristo fez que a sua morte fosse suficiente para satisfazer a dívida do pecado (veja Rm 3:24 a 26). A vida eterna se tornou disponível a todos.

Quando Jesus Cristo morreu na cruz, removeu a coroa do pecado e a colocou na graça. Quando o pecado reinou (v.21), a humanidade certamente precisava morrer. O decreto soberano do rei pecado era que o pecador deve morrer. Quando a graça reina, porém, seu decreto, por assim dizer, é “para a vida eterna” (v.21). Assim como o homem debaixo do pecado não podia pedir vida do seu rei (o pecado), também agora o homem debaixo da graça não pode fazer nada para mudar a opinião da graça sobre o seu futuro. Ele tem e terá a vida eterna. O domínio  da graça permite que a graça mesmo decrete que qualquer pessoa que crê em Jesus Cristo certamente e de forma imutável terá a vida eterna. Estas são as grandes conclusões de capítulo 5.

As conclusões de Paulo em capítulo 5 produzem perguntas sobre duas questões: [1] a graça, e [2] a lei. Estas questões serão respondidas em capítulos 6 e 7 respectivamente, depois das quais, em capítulo 8, Paulo voltará a mostrar que crentes não são mais condenados por causa de Jesus Cristo.

Perguntas Interativas

  1. O que veio para que a ofensa abundasse?
  2. O que mais abunda: o pecado ou a graça?
  3. O que reina pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor?

Palavras-Chave

  • Abundasse – Passasse pela frente de; Fosse além de
  • Abundou – Passou pela frente de; Foi além de
  • Decreto Soberano – Mandamento que não pode ser alterado
  • Graça – A bondade de Deus para pessoas desmerecidoras
  • Justiça – Aquilo que alcança o padrão de Deus
  • Lei – Aqui, o padrão de Deus do bem e do mal dado aos judeus
  • Ofensa – Aqui, pecado contra Deus
  • Pecado – Desobediência contra Deus
  • Reinasse – Dominasse
  • Reinou – Dominou
  • Superabundou – Passou muito além de
  • Vida Eterna – Aqui, vida sem fim; imortalidade

RM034 | Romanos 5:12 a 15 | Os Resultados do Ato de Adão versus os Resultados de Cristo

Texto Bíblico | De Adão Veio o Poder do Pecado para Matar, mas de Cristo Veio o Maior Poder da Graça para Vivificar | 5.2.1

12 Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.

13 Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado, não havendo lei.

14 No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não tinham pecado à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir.

15 Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos.

Comentário

O pecado e a morte estão no mundo por causa de um homem, Adão. Ele foi o primeiro homem que Deus criou. Ele morava num mundo perfeito que não tinha nem pecado nem morte. Ele estava puro e reto diante de Deus. Quando, um dia, o grande inimigo de Deus, Satanás, tentou Adão, Adão caiu na tentação e pecou contra Deus. Deus tinha proibido que Adão comesse o fruto de uma árvore específica sob a penalidade da morte (Gn 2:17). A disobediência de Adão foi pecado. O pecado dele matou-o.

A morte de Adão não foi imediata. Ele e a sua esposa, Eva, tinham filhos, através dos qual veio a raça humana. Infelizmente, assim como todos os homens herdaram a semelhança de Adão, também herdaram o estado pecaminoso de Adão (v.12). Isto é óbvio porque ainda que ninguém tenha pecado exatamente igual a o de Adão, todos os homens morrem (“a morte reinou” v.14). Todos os homens morrem porque, assim como Adão pecou, todos os homens pecam.

A morte não é meramente a punição pelo pecado mas também a consequência natural do pecado (Tg 1:15). Paulo fala do tempo de “Adão até Moisés” (v.14) para mostrar este fato. Nos dias de Adão a Moisés não houve uma lei escrita de Deus. Alguns talvez achem que desde que não houvesse lei, não haveria pecado. Homens morreram, porém, ainda quando não havia lei—uma prova que o pecado existia sem violar uma lei escrita.

A lei, então, deve ser entendida, não como o criador do pecado, mas como o revelador do pecado (v.13). (Veja Rm 2:12 a 16 e seu comentário.) Deus já Se revelou a Si mesmo e Seu padrão na natureza (Rm 1:20). A humanidade violou este padrão nos dias da lei escrita e nos dias quando a lei não estava em vigor. As violações do homem contra o padrão de Deus eram suficientes para destruí-lo independentemente da lei escrita que traz condenação e punição.

Adão é o tipo (“figura” v.14) de Jesus Cristo, nem tanto por comparação, mas por contraste. Suas semelhanças são mais valorosas em mostrar suas diferenças. Isto levou Paulo a seu terceiro “muito mais.” Se o único pecado de Adão tinha o poder para matar, então “muito mais” a graça de Deus, que é vida eterna através de Jesus Cristo, (aqui, “o dom” v.15), tem o poder para vivificar! Isto é, o que um homem fez para matar não se compara com o que Deus fez para vivificar.

Perguntas Interativas

  1. Por quantos homens o pecado entrou no mundo?
  2. O que entrou no mundo pelo pecado?
  3. O que passou a todos os homens por isso que todos pecaram?
  4. Como é que sabemos que o pecado estava no mundo ainda que não houvesse lei nos dias entre Adão e Moisés?
  5. Por quantos homens a graça de Deus abundou sobre muitos?

Palavras-Chave

  • Abundou – Atravessou um limite
  • Adão – Aqui, a primeira pessoa que quebrou uma lei de Deus
  • Figura – Imagem; forma
  • Graça – A bondade de Deus para pessoas não merecedoras
  • Imputado – Reconhecido; Crido a ser verdadeiro porque é
  • Lei – Aqui, o padrão de Deus do certo e do errado dado aos judeus
  • Moisés – Aqui, a pessoa que recebeu a lei de Deus
  • Mundo – Humanidade
  • Ofensa – Aqui, injustiça contra Deus; falha
  • Pecado – Aqui, a tendência do homem a desobedecer Deus; a natureza pecaminosa
  • Pecaram – Aqui, desobedeceram a Deus
  • Portanto – Então; à visto disso
  • Reinou – Controlou; ficou na posição de um rei
  • Satanás – Anjo cujo orgulho foi punido por ele perder sua posição no céu, e cujas mentiras levam as pessoas a pecarem para que se destruam
  • Semelhança – Parecença
  • Tentou – Levou da verdade para o erro através das concupisciências (desejos pecaminosos) inteirnas
  • Transgressão – Pecado; atravessando uma linha que Deus desenhou; quebra de uma lei definida