RM039 | Romanos 6:8 a 13 | O Poder da Graça Transformadora de Deus

Texto Bíblico | Perceba que a Morte e Ressurreição de Cristo Terminaram o Domínio da Morte Sobre Cristo| 6.2.1

8 Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos;

9 Sabendo que, tendo sido Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte não mais tem domínio sobre ele.

10 Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.

 Texto Bíblico | Perceba que Sua Própria Morte e Ressurreição em Cristo Terminaram o Domínio do Pecado Sobre Você | 6.2.2

11 Assim também vós considerai-vos certamente mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor.

12 Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências;

13 Nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça.

Comentário

A morte de Jesus Cristo pelos pecadores foi necessária apenas “uma vez” (como foi dito aqui em v.10 e em 5:15-19). Sendo que Cristo já provou a morte por todos (Hb 2:9), então não precisa morrer novamente, (“a morte não mais tem domínio sobre ele” v.9). Da mesma maneira, todos aqueles que têm morrido consigo viverão consigo (v.8).

Agora, Jesus Cristo “vive para Deus” (v.10). O crente semelhantemente deve viver para Deus também, tendo nova vida nEle. Isto faz sentido perfeito aos que consideram a morte que era requerida para possibilitar esta nova vida. Crentes vivem para Deus, não porque são ligados pela lei, mas porque são libertos da punição do pecado! A obediência nas vidas deles tem para a sua motivação o amor e a gratidão. (Por um estudo avançado, considere o poder infalível do amor segundo I Co 13.)

A ideia falsa, (ensinada por aqueles que infelizmente não entendem a graça), que os homens recebem Jesus só para poderem ter licença a pecar é absolutamente insensata aos que verdadeiramente têm recebido a graça de Deus. A última coisa que eles desejaram fazer era pecar mais; na verdade, queriam ser totalmente libertos do pecado e a sua punição! Agora, profundamente gratos pela sua salvação, eles vivem “para Deus.”


O crente deve reconhecer a sua nova morte para o pecado (que Paulo disse deve ser considerada em v.11). Ele ainda é muito capaz de desobedecer a Deus. O pecado, porém, não é requerido. A escravidão, agora acabada, é somente uma escolha. Paulo usa a palavra “certamente” para enfatizar este fato em v.11. Crente nenhum deve se convencer, então, que deve pecar como se fosse ainda servo do pecado—todo grilhão foi quebrado através de Cristo.

O pecado ainda deseja dominar sobre crentes, as tentações ainda assombram e “concupiscências” humanas continuam a espreitar (v.12). O crente, porém, pode tomar uma escolha. É uma escolha de submissão. Ou o cristão se submeterá (“apresenteis”)  os membros do corpo como ferramentas (“instrumentos”) ao mal ou como ferramentas ao bem (“justiça” v.13). A motivação a se submeter a Deus é o amor por Deus. Este amor, cheio de gratidão pela graça de Deus, anima o crente a viver de um modo justo.

 

Perguntas Interativas

  1. O que não mais tem domínio sobre Cristo, sendo que ressuscitou dentre os mortos?
  2. Quantas vezes Jesus precisava morrer?
  3. Para quem Cristo vive?
  4. O que nós devemos nos considerar para o pecado?
  5. Em quem estamos vivos para Deus?
  6. No que o pecado reina quando alguém obedece-lhe em suas concupiscências?
  7. Para quem os membros do seu corpo mortal devem ser apresentados?

Palavras-Chave

  • Apresentai-vos – Oferecei-vos; Colocai ao lado
  • Apresenteis – Ofereçais; Coloqueis ao lado
  • Considerai-vos – Reconheçai isso como um fato
  • Concupiscências – Desejos pecaminosos
  • Domínio sobre – É senhor de
  • Graça – O favor de Deus aos não merecedores
  • Iniqüidade – Injustiça; pecado
  • Instrumentos – Ferramentas
  • Justiça – Algo aceitável a Deus
  • Membros –  Extremidades
  • Mortal – Sujeito à morte
  • Pecado – Injustiça; algo errado e contra Deus
  • Reine – Governar com grande autoridade com a de um rei
  • Tentações – Provocações a pecar

RM014 | Romanos 2:6 a 11 | Deus Julga Todo Homem

Texto Bíblico | Deus Julgará Todo Homem Segundo as Suas Obras | 2.1.2

O qual recompensará cada um segundo as suas obras; a saber:

A vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e incorrupção;

Mas a indignação e a ira aos que são contenciosos, desobedientes à verdade e obedientes à iniqüidade;

Tribulação e angústia sobre toda a alma do homem que faz o mal; primeiramente do judeu e também do grego;

10 Glória, porém, e honra e paz a qualquer que pratica o bem; primeiramente ao judeu e também ao grego;

11 Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas.

Comentário

Deus vê todo povo como igual no Dia do Julgamento. Embora os homens tenham diferenças de finanças, cor de pele, língua, herança, idade, profissão, estes não alteram o estado eterno do homem. Até os judeus, escolhidos por Deus, não têm alegações que podem fazer diante dEle (vv.10, 11). Deus determina o status eterno de cada homem segundo uma coisa só—suas obras (v.6).

Deus sabe tudo que cada homem tem feito. Não separará, porém, todo homem em centenas ou milhares de categorias—somente em duas. Aqueles na primeira categoria  receberão a vida eterna e todos os seus benefícios, enquanto os outros da segunda categoria receberão exatamente o oposto—baderna, aflição, tristeza, etc. Pode ler mas sobre o Dia do Julgamento nas seguintes passagens: Dn 12:2; Mt 25:31 a 46; Lc 16:19 a 31; Jo 5:24 a 29; At 24:15; Ap 20:11 a 15.

Primeiro, Paulo descreve aqueles que receberão a vida eterna. Eles pacientemente aguentam a inquietação do mundo sempre sucedendo em fazer a coisa certa enquanto buscam os dons de Deus sozinho (v.7). Que descrição linda de uma pessoa!

Alguém pergunta: “Quem conhece alguém assim?” A resposta a esta pergunta, porém, é ninguém. (Paulo já concluiu que não há ninguém bom; ninguém vive assim.) Aqui está uma situação hipotética para ilustrar o ponto. Não é para levar-nos a achar que podemos ser perfeitos perante Deus através dos nossos esforços, mas que os requerimentos de recebermos a vida eterna excede o que qualquer homem pode realizar.

Em segundo lugar, Paulo descreve aqueles que não receberam a vida eterna. Eles contendam com Deus por não obedecerem a verdade (v.8). Em vez disso, fazem coisas que não chegam aos padrões de Deus. Estas pessoas são dignas de tristeza, baderna e sofrimento (v.9).

Claro, esta é a condenação miserável que será passado sobre todo homem. Assim como ninguém é digno de vida eterna, então todo homem é digno do tormento eterno.

(Nós, que somos cristãos, ficamos em pé e exlamamos: “Deus seja louvado! Há ainda esperança! Jesus morreu por nós!”)

Perguntas Interativas

  1. O que é que os homens não obedecem quando Deus lhes dá indignação, ira, tribulação e angústia no julgamento?
  2. Quem primeiramente receberá de Deus tribulação e angústia?
  3. Quem não faz acepção de pessoas no julgamento?

Palavras-Chave

  • Acepção de pessoas – Parcialidade
  • Angústia – Sofrimento; grande aflição
  • Contenciosos – Aqui, contra Deus
  • Eterna – Sem começo ou fim; para sempre
  • Fazer bem – Boas obras
  • Glória – Condição maravilhoso de ser abençoado por Deus
  • Grego – Aqui, não judeu
  • Honra – Favor divino
  • Incorrupção – Não morrerá
  • Indignação – Cólera
  • Iniqüidade – Perversidade; pecado
  • Judeu – Aqui, a descendência de Abraão (1900s BC)
  • Recompensará – Pagará; retribuirá; dará
  • Tribulação – Agonia; opressão; sofrimento

RM013 | Romanos 2:1 a 5 | Deus Julga Todo Homem

Texto Bíblico | Deus Julgará Todo Homem Segundo a Verdade | 2.1.1

PORTANTO, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo.

2 E bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais coisas fazem.

E tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?

Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?

Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus;

Comentário

No primeiro capítulo, Paulo concluiu que todos os homens são culpados diante de Deus e dignos de morte, porque eles foram entregues às iniquidades do sentimento perverso. Em capítulo dois, Paulo relembra seus leitores de que, desde que todo mundo seja culpado, eles devem ser muito cautelosos para julgar os outros, porque estão simplesmente se condenando à mesma punição. Paulo use o título “ó homem” (v.1). Está reduzindo o ponto-de-vista do crítico de si mesmo. Em essência, Paulo está dizendo: “Você também é somente humano—pecaminoso e morrerá logo. Quem é você para olhar para baixo sobre os outros? Só Deus sabe quão pecaminoso alguém seja.” Assim, alguém não deve se preocupar com aquilo que o homem pensa sobre ele; só o julgamento de Deus é importante.

Robert Lewis Dabney no seu Cristo, Nosso Substituto Penal ensina que há três tipos de culpa. Entendê-los ajudará nosso entendimento da ideia “juízo.” Primeiro, há culpa sentimental que não é nada mais que sentimentos culpados. Segundo, há culpa potencial que é a sua culpa medida pela sociedade. Terceiro, há culpa literal que é a medida divina do seu pecado.

Como Deus, então, julga os homens? É “segunda a verdade” (v.2). Não importa o que as pessoas crêem sobre o mal, seu veredito é somente potencial; o veredito de Deus, porém, é e será sempre verdadeiro.

Infelizmente, a humanidade acha menos do seu pecado que Deus acha. Deus vê o pecado como “excessivamente malgino” (Rm 7:13) e “digno de morte” (Rm 1:32; 6:23). O home mede o pecado por seus sentimentos, suas circunstâncias e sua cultura. Ele, além disso, sente a liberdade para julgar os pecados dos outros, mas não se permite a ser colocado sob o mesmo escrutínio.

Quando um homem julga que os outros sejam mais culpados que ele, é porque ele foi cegado. Lembre-se de que Deus disse: “O seu coração insensato se obscureceu” (Rm 1:21). Neste capítulo, Paulo penetra esta escuridão. Faz duas perguntas. Primeiro, “Você realmente crê que Deus não vai ver seu pecado” (v.3)? Segundo, “Você não cuidou que Deus, por Sua bondade e misericórdia, lhe deu o tempo para se arrepender do seu pecado” (v.4)?

Essencialmente, o homem crítico está amontando para si a raiva de Deus. Seu coração duro e teimoso talvez se cegue da sua culpa, mas Deus não é tão facilmente enganado.

O dia do julgamento de Deus está vindo. O veredito preciso de todo pecado do homem será manifesto. É melhor que a alma de coração endurecido se arrependa do que vá no julgamento sozinho.

Perguntas Interativas

  1. Como é que um homem se condena por julgar os outros?
  2. Segundo o que Deus julgará o homem?
  3. O que leva o homem ao arrependimento, mas é desprezado por aqueles que não se julgam em verdade?
  4. Qual coisa terrível os homens entesouram para si mesmo enquanto endurecem seus corações (em vez de se arrepender do seu pecado)?

Palavras-Chave

  • Arrependimento – Uma mudança de coração sobre o pecado
  • Condenas – Você conclui que você mesmo é mau e digno de punição
  • Desprezas – Você pensa pouco em; desdenha
  • Impenitente – Não disposto a concordar que suas obras são más
  • Iniquidades – Más obras; pecados; atividades perversas
  • Ira – Raiva
  • Juízo – Sentenciar os malfeitores à sua punição
  • Longanimade – Paciência
  • Manifestação – Revelação; Dar a conhecer
  • Sentimento Perverso – Inadequado; Náufrago
  • Verdade – Interpretação correta da realidade

RM011 | Romanos 1:28 a 32 | O Homem Revela a Sua Rejeição de Deus

Texto Bíblico | Iniquidades (Fase 05): Deus Entregou o Homem a um Sentimento Perverso  | 1.3.5

28 E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm;

29 Estando cheios de toda a iniqüidade, fornicação, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade;

30 Sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães;

31 Néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia;

32 Os quais, conhecendo o juízo de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem.

Comentário

O último ponto de Paulo em capítulo um é que a queda do homem no pecado inclui todo mundo. Todos são pecaminosos. (Note as palavras “já dantes” em Rm 3:9; veja também 3:23). A rejeição de Deus começou com ingratidão, mas foi rapidamente para a idolatria e a imoralidade. Agora, o homem é completamente corrupto e culpado de várias iniqüidades.

Paulo enfatizou que primeiramente, Deus entregou o homem às concupiscências de seu coração e à imundícia; segundo, Deus o abandonou às paixões infames; e, agora, terceiro, o entregou a um sentimento perverso.

O sentimento perverso faz o que quiser, mesmo se o desejo for destrutivo para si ou para outros. É uma mente completamente sem Deus.

Há somente duas razões que o sentimento perverso faria o bem. [1] Há uma punição definida por não fazer o bem; ou, [2] há um galardão definido por fazer o bem. As vezes, mesmo estes não corrigem o sentimento perverso. (No final das contas, o sentimento perverso só faz o bem quando for conveniente.)

As iniqüidades do sentimento perverso completam a queda do homem longe de Deus. Note que esta lista inclui os pecados que muitos nem consideram pecados horríveis: “avareza,” “contenda,” “murmuradores” ou “desobedientes aos pais e às mães” (vv. 29 e 30). O ponto de Paulo é claro. Todos os homens são culpados destas más obras; portanto, todos os homens têm sentimentos perversos, e já rejeitaram a Deus e estão vivendo à parte dEle. O fato que não reconhecemos que nossas más obras são desonráveis como as obras de outros demonstra que temos um sentimento perverso. (Paulo falará mais sobre isso no próximo capítulo.)

Paulo conclui este capítulo por trazer todas as obras diante dos olhos de Deus. Quando Deus vê estas obras, não os avalia diferentemente. Nenhum é menos digno de castigo que o outro. Paulo disse: “São dignos de morte os que tais coisas praticam” (v.32). Até que ponto o homem passou de Deus então, que não somente comete estas obras, mas, como Paulo diz, “consentem aos que as fazem”?

Perguntas Interativas

  1. Ao qual Deus entregou o homem para ele fazer coisas que não convêm?
  2. Qual é o castigo digno para as obras que não convêm do sentimento perverso?

Palavras-Chave

  • Avareza – Ganância; cobiça; querendo aquilo que não deve querer
  • Convêm – Não é conveniente; não é apropriado
  • Detratores – Difamadores; Caluniadores
  • Dignos – Tendo peso suficiente
  • Fornicação – Atividade sexual fora de um casamento sancionado por Deus
  • Iniqüidade – Más obras; pecados; atividades perversas
  • Maldade – Depravação; corrupção; crueldade
  • Malícia – Inclinação para o mal
  • Malignidade – Malvadez; mau caráter; depravação de coração e vida; sutileza maligna; astúcia maliciosa
  • Sentimento perverso –  Disposição mental reprovável; maneira de pensar que não é aprovada