RM044 | Romanos 7:4 a 6 | A Natureza Dominante da Lei Judaica / A Natureza Dupla da Lei Judaica

A Natureza Dominante da Lei Judaica

Texto Bíblico |A Lei Domina até a Morte: Plenamente Executado em Cristo | 7.1.3

4 Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus.

 A Natureza Dupla da Lei Judaica

Texto Bíblico | De Modo Negativo a Lei Provoca o Pecado | 7.2.1

5 Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte.
6 Mas agora temos sido libertados da lei, tendo morrido para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra.

Comentário

Quando um homem crê em Cristo, morre com Ele. (Isto foi ensinado em Romanos 6:3-9). Agora, seguindo uma ilustração de uma mulher libertada do seu marido pela morte, Paulo mostra que o crente está livre da lei e da sua punição. Por morrer com Cristo, a ameaça da punição já foi removida; o pecador foi libertado (v.4). Agora pode se casar com Jesus Cristo, que está vivo novamente.

Este novo casamento providencia duas grandes bênçãos. Primeiro, o crente pode saber que assim como sempre foi obrigado a ser punido segundo a lei, agora ficou completamente desculpado (justificado) por Cristo! Isto se baseia na vida eterna que os dois (o crente e Cristo) possuem!

Segundo, enquanto que o casamento do pecador com a lei trouxe o “fruto” de [1] escravidão, [2] culpa, [3] vergonha e [4] morte, o casamento do crente com Cristo dá o “fruto para Deus.” Ele está libertado para servir a Deus sem temor. O fruto é “para santificação (Rm 6:19-22).


Tendo declarado a natureza dominante da lei, agora Paulo mostra os efeitos desta dominação. Primariamente, a lei não acaba com o pecado, mas o provoca nas suas paixões. Estas “paixões” (v.5) mostram a natureza [1] rebelde e [2] animal do pecado. Primeiro, ao invés de estar restringido pela lei, o pecado rejeita a lei. Segundo, o pecado reage agressivamente como uma fera silvestre quando a lei o esquadrinha. O pecado odeia ameaças e limitações de tal forma que regularmente destrói a pessoa que o comete (por o levar a fazer coisas que a lei prevenia). Este é o “fruto para a morte.”

Aqueles que crêem em Jesus Cristo não são nem ameaçados nem limitados pela lei. Na verdade, são libertados da penalidade da lei. Isto produz uma mudança maravilhosa no crente. Ele agora está animado a obedecer a própria lei que antes o provocava. Esta mudança de coração se baseia na certeza que nunca será obrigado a ser punido pelas demandas da lei. Isto cria um belo paradoxo, porque o crente agora busca toda razão para fazer o bem, ainda que muitos talvez pensem que ele usaria isto como razão para fazer o mal. (Confira capítulo 6, onde isto é explicado em mais detalhes.)

Finalmente, Paulo mostra que enquanto o homem era obrigado a obedecer a lei, precisava servir a Deus sob a mesma “letra” velha (v.6), sempre ameaçado com a morte. Agora, porém, ligado ao Cristo ressuscitado, ele pode servir a Deus com alegria e com um novo “espírito.” Ele sabe que viverá. Essencialmente, quando alguém entende que está libertado da lei, muda a sua atitude. Agora, quer obedecer as regras que antes rejeitava.

Perguntas Interativas

  1. Com quem devemos nos casar agora que estamos mortos para a lei pelo corpo de Cristo?
  2. Para quem devemos dar fruto no nosso casamento?
  3. O que causava a operação das paixões dos pecados em nossos membros para darem fruto para a morte?
  4. Devemos servir em novidade de espírito ou na velhice da letra?

Palavras-Chave

  • Carne – Aqui, o estado daquele que está culpado diante de Deus, não tendo o Espírito de Deus nele
  • Espírito – A parte invisível do homem; aquilo que está motivado a agir no homem (contraste com o “coração” que motiva)
  • Lei – Aqui, o padrão escrito de Deus dado aos judeus que discerne o certo e o errado
  • Letra – Aqui, as palavras da lei
  • Libertados – Desobrigados
  • Paixões do Pecado – Emoções; impulsos do pecado
  • Paradoxo – Duas coisas que se contradizem mas ainda são a verdade
  • Pecado – Desobediência contra Deus
  • Santificação – Consagração; purificação; Separado para Deus e identificado com Ele; sem pecado
  • Vida eterna – Vida de alta qualidade que dura para sempre

RM017 | Romanos 2:25 a 29 | Deus Julga Ambos o Judeu e o Gentio

Texto Bíblico | Paulo Faz o Judeu Orgulhoso Lembrar que o Seu Coração É o Que Importa a Deus | 2.2.3

25 Porque a circuncisão é, na verdade, proveitosa, se tu guardares a lei; mas, se tu és transgressor da lei, a tua circuncisão se torna em incircuncisão.

26 Se, pois, a incircuncisão guardar os preceitos da lei, porventura a incircuncisão não será reputada como circuncisão

27 E a incircuncisão que por natureza o é, se cumpre a lei, não te julgará porventura a ti, que pela letra e circuncisão és transgressor da lei?

28 Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne.

29 Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.

Comentário

Deus se deleita em pessoas genuínas. Ele dá-lhes favor, pois guardam a lei ambos exteriormente e interiormente. Deus não tem prazer na hipocrisia.

O judeu era culpado de hipocrisia. Guardava certas partes da lei, mas não toda a lei. Aparecia genuíno a muitos, mas Deus via o seu coração. Era falso. Paulo disse: “Não é judeu” (v.28). Esta é uma acusação muito forte direcionada ao judeu especificamente porque ele era circuncidado sem uma mudança de coração (v.29).

A circuncisão representa a remoção da carne. A palavra “carne” (v.28) pode ter significados diferentes, mas muitas vezes se relata àquilo que é mau no homem. Paulo acusa o judeu de remover carne do seu corpo, mas não a carne do mal do seu coração. Por essa razão, Paulo depois declara que o judeu permanece “na carne” (Rm 8:8). Um homem deve ser circuncidado no coração ou a circuncisão do corpo não terá significado nenhum.

Paulo contrasta esta hipocrisia com o gentio que guarda a lei. Ele nunca tem sido circuncidado, mas seu coração é reto com Deus. Paulo chama este gentio de um judeu. Por isso, Paulo remove a palavra desagradável “incircuncisão” (vv.25, 26) do gentio obediente e a coloca no judeu hipócrita.

(Por fim, nem o judeu nem o gentio tem obedecido completamente a lei de Deus. O ponto de Paulo, porém, permanece verdadeiro. Deus se interessa em pessoas genuínas sem considerar a sua aderência a rituais e a ritos.)

Perguntas Interativas

  1. O que deve ser feito para que a circuncisão do judeu seja proveitosa?
  2. O que deve ser verdadeiramente circuncidado para que a circuncisão da carne seja proveitosa?

Palavras-Chave

  • Carne – Aqui, o corpo
  • Circuncisão – Remoção da carne como um selo de confirmação
  • Coração – Aqui, parte invisível do homem que toma decisões
  • Espírito – Parte invisível do homem; aquilo que está motivado a agir no homem (contraste com “coração” que faz a motivação)
  • Gentio – Aqui, alguém nunca circuncidado fisicamente
  • Incircuncisão – A carne não está removida
  • Judeu – Aqui, aqueles que são escolhidos e agradáveis a Deus
  • Julgará – Condenará; Porá em dúvida
  • Lei – Aqui, o padrão escrito de Deus do certo e do errado dado aos judeus
  • Letra – Aqui, as próprias palavras da lei
  • Louvor – Honra
  • Preceitos – Mandamentos declarando o padrão de Deus
  • Transgressor – Alguém que quebra a lei de Deus; Alguém que atravessa a faixa de Deus